PÁGINAS

sexta-feira, março 18, 2011

Pobres da periferia ou Poema aos excluídos


(poesia)
Das mazelas dos miseráveis, sou o pus.
Sou a carne podre que resta aos urubus.
Sou aquele ignorado que não pega ônibus,
não compro em Hiper,
não vou a Super,
não uso cartão mega plus.
Ando pelos cantos como rato...como! os ratos.
Durmo no mato, nas calçadas, nas ruas.
Sobrevivo das migalhas tuas.
Visto roupas sujas.
Caminho pelas trevas e
vejo almas penadas vivas
de suas doenças travestidas,
em corpos nus.
Sou mais um entre uns.



Nilo dos Anjos



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