Quarta-feira
(poesia)
Entro
no shopping e ouço da voz metálica fria,
bom dia!...
Lá dentro uma luz irradia com tenaz energia, destacando pessoas, coisas, espaços, feito magia...
bom dia!...
Lá dentro uma luz irradia com tenaz energia, destacando pessoas, coisas, espaços, feito magia...
Tão artificial quanto o sorriso
do caixa eletrônico que cuspia dinheiro
aos olhos das lentes vigias.
Monocromáticas ciclopes, eu diria.
do caixa eletrônico que cuspia dinheiro
aos olhos das lentes vigias.
Monocromáticas ciclopes, eu diria.
O
que eu queria ?
Enganar-me
que me divertia.
E por ironia, nas salas geladas, artificialmente climatizadas, assistia
imagens projetadas vazias... via gente que fingia
via dor que não doía, sorriso que não sorria...cinema.
E por ironia, nas salas geladas, artificialmente climatizadas, assistia
imagens projetadas vazias... via gente que fingia
via dor que não doía, sorriso que não sorria...cinema.
Tão
frustrante quanto a realidade da qual copia.
Tão
estéril quanto este poema que compus neste dia.
Veio-me a mente o seu sorriso.
Nilo dos Anjos
Veio-me a mente o seu sorriso.
Nilo dos Anjos
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