Entro no shopping e ouço da voz metálica fria,
bom dia!...
Lá dentro uma luz irradia... tão artificial quanto o sorriso
do caixa eletrônico que dinheiro cuspia.
Aos olhos das lentes monocromáticas ciclópes.
Enrijecido e preso eu fugia,
sempre com a sensação de que estava atrasado...ansioso... perambulava.
E nas salas geladas de ar condicionado, assistia
imagens vazias projetadas...via gente que fingia...
via dor que não doía, sorriso que não sorria...cinema.
Tão falso quanto seu poema enviado por e-mail,
tão falso quanto seu toque nas teclas do computador ao escrevê-lo.
Veio-me a mente o seu sorriso... cínico.
Nilo dos Anjos
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